segunda-feira, janeiro 02, 2006

Animal Collective : Feels (2005)



Feels é o sétimo disco de um colectivo de Maryland. Parece óbvio, após os primeiros minutos de Feels, que os Animal Collective são hoje em dia os responsáveis pela pop mais viva, brilhante, verdadeira e histérica. A sua música é vibrante, urgente, a ferver de criatividade e a explodir em alegria. Feels é daqueles poucos discos que, se o deixares passar ao lado, estás a perder uma parte realmente importante da pop do século XXI.
Para ouvir:
A Banda de 2005



Têm transformado ouvintes incautos, críticos, radialistas e plateias mais ou menos cépticas em devotos rendidos, desde que o seu nome se começou a fazer ouvir nos finais de 2004. “Funeral”, o primeiro álbum dos Arcade Fire (projecto de um texano emigrado e de uma franco-canadiana), é marcado pela tragédia familiar de ambos e revela toda a grandiosidade existente na música da banda.
O casal Win Butler e Régine Chassagne, Richard Parry, Tim Kingsbury e Will Butler (irmão de Win) possuem, entre si, vários talentos. O de tocarem diversos instrumentos é um deles. O de terem criado uma beleza tremenda a partir da tristeza que viveram com várias mortes nas suas famílias é outro. “Funeral”, lançado pouco depois de os Arcade Fire terem assinado contracto com a independente Merge Records, é um disco de uma ambição e força estarrecedoras. Uma música que transcende categorizações de “indie” para viver em ascensão permanente, em luta cerrada contra os elementos. Um álbum atravessado por um romantismo que a tudo resiste. De cada vez que roda, o cume parece mais alto, sem nunca deixar de ser alcançável. Tentemos, pois, parar um pouco e observar o cenário em volta.
Há quem lhes chame já reis do mundo indie e talvez não seja uma afirmação muito longe da realidade. “Funeral” colocou os Arcade Fire no centro das atenções, e bem vistas as coisas os motivos são mais do que suficientes.

12 de Agosto

Estádio do Dragão

O que é que estes Senhores vêm fazer a
Portugal?

Uma bomba musical explode na Inglaterra

Yes, sir! O metro vai continuar a funcionar. Os autocarros de dois andares vão seguir os seus destinos. Os pubs vão continuar cheios ao fim da tarde. As pessoas vão continuar a esgotar os clubes, teatros e, principalmente, as lojas de discos. Bombas e políticas externas que são uma bomba não vão impedir que Inglaterra, principal fábrica de novidades musicais do planeta, continue a enviar bandas de destruição em massa para o mundo. A mais recente é um míssil chamado Hard-Fi. Com o poder de perfurar os ouvidos , o Hard-Fi foi lançado no dia 4 de Julho, três dias antes do atentado que abalou Londres. O conteúdo dessa bomba é uma explosiva combinação de punk/ska/dub/funk — vem envolto por um disco chamado “Stars of the CCTV”. É dinamite! O principal responsável pela coisa toda é um sujeito chamado Richard Archer. De volta à sua cidade natal, a cinzenta e entediante Staines, no interior da Inglaterra, após uma temporada em Londres, viu-se sem dinheiro, sem diversão e sem opções. Ora, não é esse o terreno perfeito para o nascimento de uma grande banda de rock? Pois assim foi. Archer começou a escrever letras deu a ouvir Clash, Joy Division, Massive Attack, Specials, house, reggae etc. Depois, juntou alguns amigos — o guitarrista Ross Phillips, o baixista Kal Stephens e o baterista Steve Kemp — e pronto, foi, nasceu, veio ao mundo os Hard-Fi. Um dos melhores discos de 2005 — o melhor, para “New Musical Express”. Mais cedo ou mais tarde, os Hard-Fi vaõ passar zunindo perto dos seus ouvidos.

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